A Advocacia-Geral da União (AGU), presente na entrevista coletiva sobre as fraudes no INSS, anunciou nesta quinta-feira que pediu o bloqueio de R$ 2,5 bilhões de entidades para ressarcir aposentados lesados com descontos irregulares.
O ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou que o montante será a fonte primária para recuperar os prejuízos causados pela retirada de valores indevidos. Segundo ele, a fraude descoberta no instituto está centralizada em 12 entidades. "Nós detectamos empresas que foram criadas com o único propósito de ganhar com esses descontos irregulares aos aposentados”, comentou.
Messias colocou que o dano patrimonial é um dos focos da AGU na investigação das fraudes. Uma das ações foi fazer o pedido de indisponibilidade de bens das entidades e dos dirigentes. Além disso, o órgão solicitou o recolhimento dos passaportes para evitar risco de fuga do Brasil. “Há fortes suspeitas de que existe uma estratégia de ocultação patrimonial fora do Brasil, de acordo com os trabalhos de inteligência”, comentou.
O uso de criptomoedas também é investigado, segundo Messias. A prática seria um caminho para desviar o patrimônio acumulado a partir da fraude. “Já comunicamos às corretoras de criptomoedas com o objetivo de localizar e penhorar valores”, acrescentou.
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