A ação de um homem-bomba nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF) aumentou a pressão para o Congresso enterrar o projeto que anistia os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Integrantes da Corte e parlamentares da base governista reafirmaram a necessidade de punição diante das explosões da noite de quarta-feira (13), provocadas por um homem que morreu após a detonação dos artefatos.
Relator da investigação aberta pela Polícia Federal (PF), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a “pacificação” do País só vai ocorrer se houver “responsabilização dos criminosos”. Mesmo congressistas que apoiam a proposta reconhecem que o episódio esvaziou a possibilidade de os autores dos ataques antidemocráticos serem beneficiados.
Em paralelo, a PF avalia que o novo capítulo fortalece o inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após o presidente Lula derrotar Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
Em discurso na quinta (14) pela manhã durante evento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Moraes disse que a falta de punições incentiva novas ofensivas contra a democracia:
“A impunidade vai gerar mais agressividade. A PF está em vias de conclusão do inquérito dos autores intelectuais (do 8 de Janeiro). Ontem (quarta-feira) é uma demonstração de que a pacificação do país, que é necessária, só é possível com a responsabilização de todos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos.”
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