O Instituto Nacional de Câncer (INCA) apresentou nesta quarta-feira dados de um estudo sobre os impactos da indústria do tabaco na saúde pública. Segundo as informações apresentadas, há um aumento relativo no número total de fumantes adultos no Brasil em 2024. O índice chega a 25%.
A diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, Letícia de Oliveira Cardoso, chamou a atenção para o dado. “É a primeira vez, desde 2007, que encontramos um ponto ascendente na curva. É um dado preocupante, e falo aqui do cigarro, não do cigarro eletrônico”, salientou. “É uma situação que já observávamos na nossa sociedade, nos jovens, e em 2023 já havia um leve aumento, e agora na média geral a gente observa este aumento. É urgente que a gente intervenha com ações para que se evite fumar. E são iniciativas que devem ser feitas principalmente junto aos jovens”, acrescentou.
Entre os dados mostrados na explanação de Letícia, há o aumento relativo é maior entre as mulheres, 36%, enquanto nos homens o índice chegou a 18%. Isso representa um retrocesso de dez anos na série histórica, considerando que a prevalência de fumantes em 2024 atingiu 13,8% enquanto em 2014 era de 12,8%.
No que diz respeito ao cigarro eletrônico, há um aumento relativo em adultos de 24%. O aumento das mulheres é de 54%, enquanto os homens apresentaram uma redução, de 14%.
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