Pelo menos 876 propriedades serão inspecionadas pelo Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul na cidade de Anta Gorda, em ação de prevenção contra a propagação da doença de Newcastle. Na quarta-feira, 17, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou um caso da moléstia em aviário comercial de corte no município do Vale do Taquari. A investigação ocorrerá num raio de até 10 quilômetros ao redor do empreendimento. O reconhecimento da enfermidade levou o Brasil a suspender as exportações de carne de frango por 21 dias. O Brasil exporta o produto para cerca de 150 países.
Ontem, em entrevista na sede da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, técnicos da pasta e do ministério, detalharam as ações. De acordo com o diretor de Saúde Animal do Mapa, Marcelo Mota, a granja abrigava entre 14 mil e 15 mil aves, das quais metade morreu de causa ainda não esclarecida. Segundo Mota, a apuração considera a possibilidade de a mortandade haver ocorrido por exposição dos animais ao frio no início do mês. O agente infeccioso foi identificado apenas em uma ave.
Conforme o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes, a atuação preventiva em granjas avícolas, situadas em um raio de três quilômetros do estabelecimento, iniciou no dia 8 de julho, antes da confirmação do caso. Mota salienta a eficiência de protocolos de biossegurança adotados pela avicultura gaúcha para limitar a propagação da infecção. “Nosso melhor cenário é o saneamento do foco e volta à normalidade em 21 dias. O pior cenário seria o aumento da zona de foco”, afirma. Nota técnica da Seapi informa que o foco foi descoberto em um lote de frango de corte com 34 dias de alojamento que apresentou alta mortalidade (50%), diarreia esverdeada e prostração.
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