Um cirurgião plástico e outros 12 médicos, entre residentes e ex-residentes, foram indiciados pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul depois do registro de ocorrência de 87 vítimas – 84 mulheres e três homens – por erros nas cirurgias. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa da polícia, na manhã desta quarta-feira (11). O nome do cirurgião não foi divulgado.
Entre os crimes cometidos estão associação criminosa, estelionato, lesão corporal grave e gravíssima, lesão corporal culposa por imperícia e concussão, já que para pacientes conveniados de determinados planos de saúde, ele cobrava valores extras.
De acordo com a investigação, que durou cerca de seis meses, o cirurgião plástico captava os pacientes por meio de grupos de redes sociais, afirmando que fazia cirurgias com “melhores resultados” e entregava “brindes” aos pacientes.
Entretanto, depois que a cirurgia era contratada, o médico se ausentava da sala no momento do procedimento. De acordo com a polícia, por vezes, ele deixou, inclusive, o Hospital Ernesto Dornelles, onde as cirurgias aconteciam.
A investigação defende que ele deixava os residentes do hospital operando sozinhos enquanto tratava de assuntos particulares. Esse repasse de cirurgias para médicos não especialistas não era de conhecimento dos pacientes, que haviam contratado diretamente os serviços do médico.
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