Com as altas temperaturas do verão 2024/2025, combinadas com a redução das ocorrências de chuvas, o produtor rural Paulo Antônio Winck acompanhou o potencial produtivo de sua lavoura de soja minguar dia após dia.
A estação trouxe um cenário devastador para Winck e muitos outros agricultores, principalmente das regiões Fronteira Oeste, Fronteira Noroeste, Missões e Central do Rio Grande do Sul.
A propriedade de Winck está situada no Morro do Batovi, no município de São Gabriel. Quando iniciou o plantio, a expectatica de colheita do agricultor era de 3,6 mil quilos por hectare.
“O tempo colaborou na época da semeadura para que a lavoura fosse muito bem implantada”, diz Winck, explicando a razão da elevada perspectiva inaugural. “Mas as plantas começaram a morrer, muitas delas antes mesmo da floração”, relata o produtor.
Conforme Winck, a produtividade caiu para 570 quilos por hectare.
“Significa uma perda de, praticamente, 85%, comparando com a minha expectativa. Levando em conta que o preço da soja está em R$ 127 a saca, deixo de arrecadar R$ 6,35 mil por hectare. É impossível honrar os compromissos”, calcula.
Pior ano
O produtor rural afirma que houve outras safras com prejuízos, mas a desse ano é a pior.
O verão foi substituído pelo outono, mas, até o final da primeira estação do ano, metade dos municípios gaúchos relataram problemas com a estiagem que iniciou em meados de dezembro.
Pelo menos 253 prefeituras decretaram situação de emergência em função da estiagem e das ondas de calor, com prejuízos nos campos e nas cidades.
Comentários: