Em meio à escalada de tensões entre EUA e China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se prepara para ir a Xangai nos dias 12 e 13 de maio para encontrar-se com o mandatário chinês, Xi Jinping. Os dois poderão encontrar-se mais duas vezes neste ano, disse fonte do governo: na cúpula do Brics, nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro e, possivelmente, na COP30, em novembro, em Belém.
Nos bastidores, é intenso o trabalho para que, nessas ocasiões, possam ser anunciados avanços na parceria estratégica firmada pelos dois presidentes em novembro passado. Uma delegação da estatal chinesa de ferrovias, a China State Railway Group Co, e do Ministério dos Transportes da China esteve no Brasil nesta semana para analisar projetos em logística. Numa das reuniões, estiveram presentes representantes de Estados produtores de alimentos: Acre, Rondônia, Mato Grosso e Goiás.
Um dos pontos de atenção é a Ferrovia Bioceânica, projeto que viabilizaria o escoamento da produção de grãos brasileira pelo porto de Chancay, no Peru. O porto foi financiado pela China e inaugurado por Xi em novembro passado.
Uma saída pelo Pacífico encurtaria o tempo de transporte das exportações brasileiras até os mercados asiáticos. Porém, a ligação ferroviária até Chancay é vista no governo brasileiro como algo desafiador e de longo prazo.
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