As condições climáticas variáveis dos últimos dias impuseram desafios diversos para o trigo no Rio Grande do Sul. A Emater/RS-Ascar constata atraso na semeadura em razão de chuvas frequentes e retardo na emergência e no desenvolvimento das plantas pela alta umidade do solo. O plantio avançou 3% entre os dias 11 e 18, alcançando 85% da área estimada de 1,31 milhão hectares nesta safra.
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar indica que o plantio do trigo está quase concluído na Fronteira Oeste, mas há apreensão por parte dos produtores em razão dos custos elevados de produção e dos preços pouco atrativos do grão. Em média, os bancos disponibilizaram R$ 3.150,00 por hectares para custeio das lavouras, exigindo produtividade de 45 sacas por hectares para cobrir os custos, além dos encargos financeiros, das despesas com seguro e arrendamento.
Na Campanha, produtores de Hulha Negra, Candiota e Aceguá enfrentam dificuldades para acessar insumos, em função das restrições de crédito, resultado de uma safra de verão frustrada pelas chuvas excessivas de maio. Segundo a Emater, esse contexto pode levar ao estabelecimento de lavouras com baixo nível tecnológico e menor potencial produtivo. Em Bagé, alguns produtores desistiram da cultura, optando pela aveia, que pode ser utilizada de diversas formas. Em Caçapava do Sul, o plantio foi concluído, sendo o único município da Campanha nesta condição.
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