A síndrome de Cushing é um distúrbio endócrino complexo, frequentemente desconhecido e difícil de diagnosticar, causado por níveis elevados de cortisol no corpo. Esse hormônio esteroide, produzido pelas glândulas suprarrenais, desempenha um papel crucial no controle do estresse, na regulação da pressão arterial, na função cardiovascular, no sistema imunológico e no metabolismo. No entanto, quando produzido em excesso, pode desencadear uma série de sintomas debilitantes e graves.
Tipos
Existem duas formas principais da síndrome de Cushing, que diferem em sua origem. De acordo com a Sociedade Endócrina da América, a síndrome de Cushing exógena é a mais comum e geralmente é temporária. Ocorre em pessoas que tomam medicamentos semelhantes ao cortisol para tratar outras condições. Nesse caso, a síndrome desaparece quando o paciente para de tomar os medicamentos.
Por outro lado, a síndrome de Cushing endógena é menos comum e é causada pela produção excessiva de cortisol pelas glândulas suprarrenais. Esse tipo é mais complexo de diagnosticar e, em muitos casos, tem origem em tumores que secretam hormônios, seja nas glândulas suprarrenais ou na hipófise, glândula localizada na base do cérebro.
Sintomas
O excesso de cortisol afeta cada pessoa de forma diferente, o que significa que os sintomas podem variar significativamente entre os pacientes. Isso complica ainda mais o diagnóstico, pois os sinais podem se sobrepor aos de outras doenças. Os sintomas comuns incluem:
* Ganho de peso, especialmente na parte superior do corpo.
* Rosto redondo e acúmulo de gordura na região do pescoço e ombros.
* Altos níveis de açúcar no sangue (diabetes).
* Hipertensão (pressão alta).
* Perda de densidade óssea (osteoporose).
* Fraqueza muscular e perda de massa muscular.
* Pele fina e propensa a hematomas.
* Estrias vermelhas ou roxas, especialmente no abdômen e nas axilas.
* Depressão, ansiedade e dificuldades cognitivas.
* Excesso de pelos faciais em mulheres.
A variedade desses sintomas pode dificultar o diagnóstico precoce da síndrome, já que ela costuma durar um período considerável, entre dois e quatro anos, segundo a Dra. Felicia Hanzu, coordenadora do Departamento de Neuroendocrinologia da Sociedade Espanhola de Endocrinologia e Nutrição (SEEN). Esse atraso na detecção pode ter um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes.
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