O valor desembolsado no Plano Safra 2024/2025, em vigor desde 1º de julho de 2024, atingiu R$ 245,57 bilhões até o final de fevereiro, conforme levantamento feito pela Agência Estado (AE) junto ao Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB) do Banco Central. O montante até o mês passado corresponde a 51,53% do total disponível para a safra, de R$ 476,59 bilhões, e foi usado para financiar pequenos, médios e grandes produtores rurais. O apurado até fevereiro ficou 19,57% abaixo do desembolsado para o setor em igual período da safra 2023/2024, de R$ 305,31 bilhões.
Até o fim do mês passado, foram fechados 1,407 milhão contratos em todas as modalidades, 13,3% menos que o total registrado em igual período da temporada anterior, de 1,622 milhão de contratos. A retração no desembolso do Plano Safra tende a se manter até o fim de sua vigência, no dia 30 de junho, prevê o assessor técnico de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Guilherme Rios.
“A retração não representa falta de demanda dos produtos rurais e, sim, a dificuldade do produtor rural em acessar os recursos oficiais, justamente em momento de maior seletividade no acesso a fontes privadas”, afirmou Rios à AE.
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A menor demanda por recursos já era esperada em virtude do aumento dos juros, das burocracias para acesso ao crédito oficial e das limitações de tomada de recursos por porte de produtor.
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