Comandante da Marinha do Brasil no governo de Jair Bolsonaro, o almirante de esquadra Almir Garnier negou, em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (10), que tenha colocado tropas à disposição do ex-presidente para uma eventual tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Garnier relatou ao ministro Alexandre de Moraes a sua versão sobre um encontro entre os chefes das Forças Armadas e Bolsonaro, realizado em 7 de dezembro de 2022.
“Isso não ocorreu. Não houve deliberações. O presidente não abriu a palavra a nós. Ele fez as considerações dele, expressou o que mais pareciam preocupações e análises de possibilidade do que propriamente uma ideia ou uma intenção de conduzir alguma coisa em uma certa direção. A única que eu percebi, que era tangível e importante, era a preocupação com a segurança pública, para a qual a GLO [Garantia da Lei e da Ordem] é o instrumento adequado dentro de certos parâmetros”, declarou o militar.
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