A fome aguda afetou 295 milhões de pessoas de 53 países em 2024, um recorde, principalmente devido aos conflitos, e as perspectivas para 2025 não são muito animadoras com a redução da ajuda internacional, segundo um relatório publicado nesta sexta-feira (16).
Pelo sexto ano consecutivo, o balanço piorou e o agravamento da situação em áreas como Sudão, Mianmar ou Gaza ofuscaram os avanços registrados em outras áreas, como Afeganistão ou Quênia, destaca o relatório anual da Rede Global contra as Crises Alimentares, integrada pela União Europeia (UE), Banco Mundial e agências da ONU, entre outros.
Das 295,3 milhões de pessoas (22,6% da população analisada), 1,9 milhão estavam à beira da fome, recorde desde que o relatório começou a ser elaborado em 2016. A maior parte da população em situação extrema estava no Sudão e na Faixa de Gaza, e em menor medida no Mali e no Haiti.
"Estamos falando de uma escassez extrema de alimentos, de um esgotamento completo dos mecanismos de resistência e de sobrevivência", declarou Rein Paulsen, diretor do escritório de emergências e de resiliência na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
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