A taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito voltou a subir e chegou a 429,5% ao ano em junho. O indicador teve alta de 7,1 pontos percentuais em relação a maio, quando o indicador era de 422,4% ao ano. A informação consta das Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central.
Na prática, isso significa que qualquer dívida no cartão de crédito feita há um ano cresce cinco vezes se o consumidor não pagar a fatura no dia do vencimento.
Por exemplo, o consumidor que devia R$ 800 em janeiro do ano passado precisa desembolsar um adicional de R$ 3.436 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano, totalizando uma dívida de R$ 4.236.
Em dezembro do ano passado, o Conselho Monetário Nacional determinou um limite de 100% para as taxas de juros do rotativo após o Congresso Nacional aprovar uma lei com essa regra.
A decisão entrou em vigor este ano e vale para as dívidas contraídas a partir de janeiro. Sendo assim, com a nova norma, se a dívida for de R$ 200, por exemplo, o valor total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 400.
As taxas apresentadas pelo BC nesta sexta podem sugerir, portanto, que os bancos estejam descumprindo a lei, mas o que acontece é apenas um registro estatístico. Para chegar às taxas anuais, a autoridade monetária extrapola o juro cobrado ao mês pela instituição financeira para o ano.
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