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Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025
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Política

PF indicia ex-diretores da PRF por interferência no deslocamento de eleitores em 2022

ELEIÇÕES 2022

André Christensen Garcia
Por André Christensen Garcia
PF indicia ex-diretores da PRF por interferência no deslocamento de eleitores em 2022
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A Polícia Federal (PF) indiciou quatro ex-diretores e coordenadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sob a acusação de dificultar ou impedir o deslocamento de eleitores durante as eleições de 2022.

Os indiciados são Luis Carlos Reischak Junior, ex-diretor de Inteligência e ex-superintendente da PRF no Rio Grande do Sul; Rodrigo Cardozo Hoppe, ex-diretor de Inteligência substituto; Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações; e Adiel Pereira Alcantara, ex-coordenador de Análise de Inteligência da PRF. Também foi indiciado Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador-geral de Inteligência e Contrainteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O relatório da PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que repassou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). Agora, cabe à PGR decidir se apresenta denúncia contra os citados, solicita mais investigações ou arquiva o processo.

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A investigação apontou indícios de que os envolvidos cometeram crimes como desobediência, prevaricação (quando um agente público age ou se omite de maneira contrária à lei), restrição ao direito de voto e omissão na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

O indiciamento foi enviado ao STF em dezembro, mas só agora veio a público. Em agosto de 2024, a PF já havia indiciado o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques e quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça, todos sob suspeita de envolvimento na tentativa de obstrução do deslocamento de eleitores no Nordeste.

Blitzes no dia da eleição

No dia 30 de outubro de 2022, durante o segundo turno das eleições presidenciais, a PRF realizou operações que impactaram o transporte de eleitores, especialmente no Nordeste, onde Lula liderava as intenções de voto contra Jair Bolsonaro. Na véspera da eleição, o então diretor-geral da PRF declarou apoio a Bolsonaro.

Na data da votação, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das operações da PRF. No entanto, a ordem não foi cumprida integralmente pela corporação.

FONTE/CRÉDITOS: O SUL
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André Christensen Garcia

Publicado por:

André Christensen Garcia

André Christensen Garcia, jornalista MTB 15.037

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