Com a retomada dos trabalhos no Congresso Nacional, os olhos se voltam novamente à questão do envio de emendas parlamentares, que, em alguns casos, são alvos de investigação na Polícia Federal (PF).
A PF tem mais de 40 inquéritos abertos espalhados em Brasília e nos estados para apurar a destinação da verba pública a municípios, segundo fontes à CNN. O número exato é volátil e muda a cada dia, pois há investigações que são abertas fruto de outras já em andamento.
Parte desses inquéritos corre na Diretoria de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor), na sede da PF, e os outros nas superintendências estaduais onde as emendas foram enviadas.
Em Brasília, por exemplo, está o inquérito aberto para apurar o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares pela Câmara dos Deputados e suposta manobra de Arthur Lira (PP-AL), então presidente da Casa.
A investigação foi iniciada após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que decidiu pela suspensão dos repasses e pediu a abertura da apuração, em dezembro do ano passado.
Nesse caso, alguns parlamentares já prestaram depoimento, como é o caso do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
Em outra frente, a PF também apurou a “comercialização” e “feirão” de ao menos R$ 7 milhões em emendas no Maranhão contra três políticos do PL. Com base nesse inquérito, a Procuradoria-Geral da República (PGR) os denunciou e, no último sábado (8), o STF formou maioria para torná-los réus.
As provas deste inquérito do Maranhão culminaram na abertura de outra investigação, no Tocantins, que mira um senador por suposto desvio de emendas.
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