Policiais civis do Rio de Janeiro realizaram, nesta segunda-feira, uma operação para apurar a suspeita da emissão de laudos falsos feitos pelo Laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS Lab), investigado pela responsabilidade no transplante de órgãos infectados por HIV em seis pessoas. Agentes do Departamento Geral de Polícia Especializada cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão no Rio de Janeiro e Nova Iguaçu, onde o laboratório está sediado.
De acordo com o governo do Estado, um dos sócios do laboratório, Walter Vieira, foi preso na ação desta segunda-feira. O laboratório tinha contrato assinado com a Fundação Saúde, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde (SES), para realizar exames de análises clínicas e de anatomia patológica em todas as unidades da rede.
O contrato foi assinado em dezembro de 2023, mas foi suspenso após a divulgação de informações sobre a contaminação de pacientes transplantados. O PCS Lab teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente, de acordo com a SES. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio). Entre os sócios-administradores do laboratório estão Walter Vieira e o filho, Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira.
Falsificação
A Delegacia do Consumidor também investiga se o laboratório falsificou laudos em outros casos. “Determinei imediatamente a instauração de inquérito, atendendo determinação do governador para que os fatos fossem investigados com maior rigor e rapidez. Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade”, afirmou o secretário estadual de Polícia Civil, Felipe Curi.
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