Desde janeiro, o valor do leite pago aos pecuaristas brasileiros acumula avanço real de 30,4%, embora o preço médio de maio tenha ficado 4,82% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, em termos reais. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). A explicação para o movimento de alta se ampara ainda pela entressafra no sudeste do país e pela alta do dólar, que ajuda a frear as importações.
O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, confirma que a remuneração aos produtores melhorou, mas alerta que ainda existe discrepância com o valor de varejo nas gôndolas dos supermercados. “Se formos ver o custo que nosso consumidor paga, de R$ 4,90 a até R$ 6 ou mais, há uma distância grande”, afirmou. Esta semana, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite) projetou o valor de R$ 2,5670 como referência projetada para o leite em junho para os pecuaristas. O reajuste é de 5,34% em relação a maio, de R$ 2,4368.
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