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Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024
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Safra gaúcha de arroz é suficiente para abastecer o mercado sem importações, afirma Irga

ARROZ

André Christensen Garcia
Por André Christensen Garcia
Safra gaúcha de arroz é suficiente para abastecer o mercado sem importações, afirma Irga
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O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgou dados evidenciando que a safra 2023/2024 será suficiente para abastecer o mercado nacional, contrariando a intenção do governo federal de importar arroz sob o argumento de garantir o abastecimento no país. Conforme a autarquia estadual, mesmo com as perdas pelas cheias de maio a produção gaúcha deve totalizar 7,14 milhões de toneladas, montante 1,2% inferior ao da temporada passada.

“Mesmo considerando as perdas, temos uma safra praticamente idêntica à anterior, o que nos leva a inferir que não haverá desabastecimento de arroz”, disse o presidente do Irga, Rodrigo Machado.

A manifestação foi feita durante reunião extraordinária da Câmara Setorial do Arroz, realizada na terça-feira pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). “Quando as enchentes ocorreram no Rio Grande do Sul, a safra de arroz já estava 84% colhida, restando 142 mil hectares a colher. Destes, 22 mil hectares foram perdidos e 18 mil ficaram parcialmente submersos. Entre os grãos estocados nos silos, houve comprometimento de 43 mil toneladas”, informou.

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A estimativa de produção total considera as 6,44 milhões de toneladas a produção colhidas antes das enchentes e uma produção média de 7 toneladas em cada um dos 101,3 mil hectares restantes de área não atingidos pelas cheias.

As maiores perdas causadas pelas cheias foram concentradas na Depressão Central. Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, as chuvas já haviam causado prejuízos na época do plantio, obrigando rizicultores a replantarem áreas. “Lá será preciso fazer algo a mais, linha de crédito, seguro para atender a esses produtores, porque eles perderam não só a safra, mas suas casas, máquinas e animais”, defendeu Velho.

A intenção do governo federal de importar até 1 milhão de toneladas por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) preocupa os agricultores gaúchos, responsáveis por 70% da produção brasileira. O primeiro leilão da Conab ocorreria na terça-feira, mas acabou suspenso. O leilão ocorreria em um cenário de preços elevados no Mercosul, o que poderia frustrar o leilão. Na véspera do leilão, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que o governo federal aprovou a retirada, até 31 de dezembro, da Tarifa Externa Comum (TEC) para aquisição de países de fora do Mercosul.

“A TEC vai acabar desestimulando o produtor e teremos nova redução da área cultivada no Estado. Para vender arroz a R$ 4 (valor sinalizado pelo governo federal para o produto que seria importado e colocado nas gôndolas), o produtor vai receber abaixo do custo de produção, não vai se pagar”, destacou o presidente da Federarroz.

FONTE/CRÉDITOS: CORREIO DO POVO
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André Christensen Garcia

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André Christensen Garcia

André Christensen Garcia, jornalista MTB 15.037

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