Negociada abaixo de 10 dólares o bushel, os preços futuros da soja caíram aos valores praticados há quatro anos. A queda nos contratos negociados na Bolsa de Chicago, balizadores das cotações internacionais, decorre, principalmente, de condições climáticas favoráveis à cultura da oleaginosa nos Estados Unidos e da possibilidade de uma supersafra naquele país, conforme avalia o consultor de Safras & Mercados Luiz Fernando Gutierrez Roque.
A abordagem do consultor está em harmonia com a interpretação apresentada, nesta semana, por pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, que apontaram a expectativa da oferta mundial superar a demanda como principal fator do movimento baixista. Dados do Departamento de Agricultura dos EUA revelam que “a produção global da oleaginosa deve passar de 395,12 milhões de toneladas na safra 2023/24, para 428,72 milhões de toneladas em 2024/25, ambos volumes recordes”, conforme divulgou o Centro de Estudos.
“Embora as transações internacionais e o consumo global apontem crescimento, os estoques de passagem também podem ser recordes, estimados em 134,3 milhões de toneladas para 2024/25, quantidade 19,5% superior às 112,36 milhões de toneladas na temporada 2023/24”, informou a entidade.
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